De acordo com o documento apresentado no Tribunal Superior do Condado de Los Angeles, Michael Jackson devia cerca de US$ 40 milhões à empresa americana AEG Live, responsável por parte de suas turnês. Após a morte do cantor, 65 credores exigiram pagamentos, resultando em processos judiciais, e algumas das dívidas já estavam acumulando juros exorbitantes.
Os representantes do espólio de Jackson, John Branca e John McClain, responsáveis pela administração, não responderam aos pedidos de comentários da reportagem. Documentos judiciais foram apresentados para autorizar pagamentos de aproximadamente US$ 3,5 milhões a escritórios de advocacia por serviços prestados em 2018.
Entre os diversos ativos e passivos financeiros deixados por Michael Jackson, destaca-se a compra do catálogo de músicas dos Beatles por US$ 47,5 milhões, em 1985, posteriormente vendido para a Sony/ATV Music em troca de 50% de participação na empresa. A Sony readquiriu essa participação por US$ 750 milhões em 2016.
O cantor, que faleceu aos 50 anos pouco antes do início de sua turnê “This is it”, deixou um legado de extravagância e gastos desenfreados, acumulando dívidas milionárias com a propriedade Neverland Ranch, além do alto custo de manutenção de seu estilo de vida luxuoso. O espólio de Michael Jackson ainda enfrenta disputas com a Receita Federal dos EUA após uma auditoria fiscal.
Em suma, o documento judicial revela a complexa situação financeira do cantor no fim de sua vida, destacando as altas dívidas e os desafios enfrentados por seu espólio para resolver pendências e administrar seus ativos e passivos de forma adequada.