Arqueólogos revelam tesouro metalúrgico da Idade do Bronze em Wiltshire, destacando práticas de ourivesaria na antiga Grã-Bretanha.

Recentemente, arqueólogos britânicos fizeram uma descoberta extraordinária em Urchfont, uma charmosa vila situada em Wiltshire. Durante escavações, uma série de ferramentas e artefatos metálicos, datados da Idade do Bronze, foi desenterrada, abrangendo um período que vai aproximadamente de 1650 a 900 a.C. Esse achado é considerado um tesouro raro e significativo para a compreensão das práticas metalúrgicas da época.

A descoberta começou de forma inusitada, quando um detector de metais encontrou um cinzel decorado, o que levou a uma investigação mais aprofundada. Subsequentemente, escavações revelaram uma variedade de artefatos, incluindo fragmentos de chapas de liga de cobre e uma haste do mesmo material. Esses itens foram cuidadosamente transportados para o Museu Britânico, onde uma microescavação sob condições controladas foi realizada para garantir uma análise detalhada.

Entre os artefatos encontrados, destacam-se uma lâmina de serra, um machado palstave em formato de laço e restos de pelo menos dois vasos decorados, todos feitos de ligas de cobre. Além disso, a descoberta inclui uma pequena bigorna, ferramenta essencial para a formação de metais, sugerindo que o proprietário era um metalúrgico especializado, possivelmente um ourives, papel que, na época, era distinto do do ferreiro. Essa diversificação nas práticas de metalurgia na região de Wiltshire oferece uma nova perspectiva sobre a complexidade das sociedades da Idade do Bronze.

O Museu de Wiltshire manifestou grande interesse na aquisição desse valioso tesouro, que não apenas ilustra a destreza artesanal da época, mas também contribui para um entendimento mais abrangente das tradições de metalurgia na Grã-Bretanha. Ademais, descobertas relacionadas em outras regiões, como Lincolnshire e Central Bedfordshire, indicam um potencial significativo para a ourivesaria na época, embora artefatos mais refinados e confirmatórios fossem extremamente raros.

Com essa descoberta, os especialistas esperam aprofundar conhecimentos sobre o desenvolvimento técnico e social das comunidades antigas, ressaltando a riqueza cultural que lá existiu. Essa é uma prova de que, mesmo séculos após, o passado continua a revelar seus segredos, adicionando novas camadas à história da humanidade.

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