Abarkuh, situada a cerca de 140 quilômetros a sudoeste de Yazd, é parte de um importante “triângulo dourado” do país, que inclui as cidades de Shiraz e Isfahan. A descoberta, ainda em fase de pesquisa, sugere que outras estruturas subterrâneas podem estar escondidas na cidade, incluindo um aqueduto recém-encontrado, feito de pedras esculpidas, que pode revelar muito sobre a engenharia hídrica utilizada pelos antigos habitantes.
O governador de Abarkuh, Hossein Hatami, comentou sobre a descoberta e indicou que a cidade subterrânea foi projetada para garantir segurança e facilitar o acesso à água. Fotos aéreas históricas e investigações recentes demonstram que os moradores da época construíram suas casas sobre fundações rochosas, convertendo os espaços livres em jardins e estabelecendo túneis que conectavam as diversas construções. Essas pequenas câmaras de pedra encontradas nas casas históricas têm um significado funcional que ainda está sendo desvendado.
Além disso, o aqueduto de pedra, cuja construção utiliza materiais semelhantes aos dos edifícios da era Qajar, desempenhava um papel vital no abastecimento de água da cidade. Os antigos habitantes da região organizaram degraus e caminhos que permitiam o acesso a esses túneis, que não só facilitavam o transporte de água, mas também resfriavam os espaços subterrâneos em meio às altas temperaturas do verão, proporcionando um refúgio fresco.
Com aproximadamente 60 hectares do tecido urbano de Abarkuh dedicados a esses canais, 400 locais históricos já foram identificados na área, com 147 deles registrados como patrimônio nacional. A descoberta dessa cidade subterrânea não apenas reforça a rica tapeçaria cultural de Abarkuh, mas também enfatiza a sua relevância na história do Irã, revelando um passado de adaptação e engenhosidade diante dos desafios ambientais. A continuidade das pesquisas promete trazer à luz mais informações sobre a vida e as habilidades dos antigos moradores dessa região fascinante.
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