Além do anel, uma variedade impressionante de joias foi revelada, incluindo brincos de bronze e um brinco de ouro com a imagem de um animal com chifres, todos encontrados na mesma camada de solo. Essa descoberta sugere uma prática cultural significativa e deliberada, levando os arqueólogos a especularem sobre a finalidade dessas joias no contexto de rituais ou tradições simbólicas.
Uma das hipóteses emergentes no meio acadêmico é de que essas peças ornamentais foram depositadas sob os pisos do edifício como parte de um costume comum durante o período helenístico. Esse costume, associado a noivas prometidas, envolvia a colocação de joias e outros objetos nas fundações das casas, simbolizando a passagem da infância para a vida adulta. A descoberta dessas joias de ouro não apenas enriquece o entendimento dos costumes e da sociedade da época, mas também destaca a opulência que caracterizava Jerusalém.
O uso de ouro e pedras preciosas coloridas nas joias reflete a influência das modas orientais, favorecidas pela expansão das rotas comerciais após as conquistas de Alexandre, o Grande. Essa conexão com o comércio reforça a ideia de que Jerusalém era um centro de riqueza e cultura.
Para os especialistas envolvidos na escavação, como Efrat Bocher e Eli Escusido, essa descoberta é uma evidência palpável da riqueza e da importância histórica de Jerusalém. Os achados revelam não apenas aspectos artísticos, mas também sociais, refletindo o alto padrão de vida dos habitantes da cidade em um período em que Jerusalém já se destacava como uma metrópole influente e sofisticada. A relevância desses objetos em um contexto arqueológico faz com que esses achados sejam mais do que relíquias, mas sim janelas para compreender a complexidade das sociedades antigas.