Os pesquisadores já haviam encontrado indícios de um templo nas proximidades de uma colina, mas foi apenas recentemente que o local foi completamente escavado, revelando uma estrutura perfeitamente preservada medindo 11 metros de largura por 11 metros de comprimento. Vários artefatos foram encontrados no entorno do templo, incluindo selos e peças de cerâmica, que corroboram a ligação do local com o povo Dilmun. O dr. Stephen Larsen, líder da equipe dinamarquesa, destacou que o layout do templo oferece importantes pistas sobre as práticas religiosas e rituais da época, apresentando altares que provavelmente tinham significados cerimoniais.
A relevância da descoberta também é acentuada pelo fato de que este é apenas o segundo templo da civilização Dilmun encontrado na ilha, um fato que reitera a importância histórica e cultural da região. Nas proximidades do novo templo, foram identificadas outras estruturas substanciais, como “o Palácio” e o “Templo Dilmun”, ressaltando assim a função tanto religiosa quanto administrativa da área em questão.
O dr. Hassan Ashkenani, professor de Arqueologia e Antropologia na Universidade do Kuwait, comentou sobre a fascinação que a descoberta proporciona, uma vez que ela lança uma nova luz sobre as atividades do povo Dilmun em Failaka, um local frequentemente reconhecido como exótico e de difícil acesso. A expectativa agora é que mais achados surjam das escavações, contribuindo para uma compreensão mais profunda da história e da cultura desta antiga civilização. A descoberta reafirma a importância contínua da pesquisa arqueológica no Kuwait, um país que tem um rico patrimônio cultural esperando para ser explorado e compreendido.