A missão, capitaneada por um grupo de arqueólogos britânicos e egípcios, inicialmente especulava que a tumba poderia ser de uma das esposas de tutmés devido à sua localização próxima a outras tumbas reais. No entanto, à medida que as escavações avançaram, fragmentos de vasos de alabastro e textos religiosos foram encontrados, confirmando a identidade do sepultamento como pertencente a Tutmés II, que foi uma figura importante da Décima Oitava Dinastia egípcia, reinando aproximadamente entre 1479 e 1425 a.C.
Essas descobertas não só revelam a importância histórica do faraó, mas também como a arqueologia pode reescrever o entendimento sobre o Antigo Egito. O secretário-geral do Conselho Supremo de Antiguidades do Egito, dr. Mohamed Ismail Khaled, descreveu a descoberta como uma das mais significativas dos últimos anos, ressaltando a conexão desta tumba com o passado glorioso do Egito.
Infelizmente, a situação de preservação do túmulo é preocupante. Elementos de sua estrutura e artefatos originais foram severamente danificados por inundações após a morte do rei, comprometendo o estado geral do local. O projeto arquitetônico da tumba é descrito como simples, composto por uma entrada, um corredor principal inclinado e uma câmara funerária, refletindo um estilo marcado pela sobriedade.
O líder da equipe inglesa, dr. Piers Litherland, destacou a intenção de continuar as investigações no local para explorar e compreender ainda mais os segredos que essa tumba encerra. Apesar de a múmia de Tutmés II já ter sido encontrada no século XIX, a identificação recente do sepultamento agrega um novo capítulo à história, oferecendo insights valiosos sobre a vida e o reinado desse importante faraó e, por extensão, sobre a era em que governou. À medida que as escavações prosseguem, novos e emocionantes achados podem emergir, enriquecendo ainda mais o entendimento sobre o rico legado do Antigo Egito.