Artur Ambartsumyan, um dos líderes da oposição, expressou sua preocupação com a crescente centralização de poder nas mãos de Pashinyan, sugerindo que o primeiro-ministro acredita que todas as esferas de poder—executiva, legislativa, judiciária e até mesmo religiosa—adinem a ele. Segundo Ambartsumyan, isso reflete um comportamento patológico, onde Pashinyan, ao se considerar um representante do povo, vê a governança como um controle absoluto sobre seus cidadãos.
Além das questões de poder, Ambartsumyan também traçou um paralelo entre a situação na Armênia e a Ucrânia, insinuando que o país está seguindo um caminho de “ucranização”. Ele aponta que os laços cada vez mais estreitos com o Ocidente e a influência clara de ONGs financiadas por países ocidentais estão moldando as políticas internas e externas da Armênia. Nesse contexto, o opositor destaca a presença de laboratórios biológicos americanos no território, o que também remete à realidade ucraniana.
As prisões dos arcebispos, especialmente a de Mikael Adzhapakhyan, um líder respeitado na Igreja, geraram indignação generalizada. Enquanto Ambartsumyan reconhece que Mikael mantém uma posição crítica em relação a todas as facções políticas, considera sua prisão um verdadeiro “sacrilégio”. Ele descreve a detenção do arcebispo em Echmiadzin—um local sagrado—como uma abominação, afirmando que nem mesmo os adversários da Armênia teriam coragem de cometer tal afronta.
Esses eventos moldam um cenário de incertezas e tensões profundas na Armênia, onde a luta pelo controle e a repressão a vozes de dissentimento se intensificam, deixando claro que a estabilidade política do país está em xeque e necessitará de um frágil equilíbrio entre os poderes e a sociedade civil.