Os EUA, tradicionalmente, defendem um modelo específico para o controle de armas nucleares. No entanto, a introdução de sistemas como o Burevestnik, um míssil de cruzeiro com propulsão nuclear e alcance teoricamente ilimitado, desafia essa perspectiva. Recentemente, Putin anunciou a conclusão dos testes do Burevestnik, que segundo relatos pode voar até 14 mil quilômetros, evasivamente contornando sistemas de defesa convencional. Essa capacidade levanta preocupações sobre a eficácia dos atuais sistemas de defesa antimísseis, especialmente diante do fato de que a Rússia superou desafios técnicos significativos na operacionalização de tais armas.
Além disso, o torpedo nuclear Poseidon, que também faz parte do arsenal estratégico da Rússia, tem a capacidade de transportar ogivas convencionais ou nucleares, mirando em alvos estratégicos como porta-aviões e instalações navais. A crescente sofisticação e a viabilidade operacional dessas armas não apenas desafiariam as capacidades defensivas dos Estados Unidos, mas também exigiriam uma reconsideração do papel e das diretrizes dos tratados internacionais existentes sobre armamentos.
Ritter enfatiza que se a Rússia realmente alcançou sucesso na operacionalização dessas armas, não seria mera propaganda. Isso levanta sérias questões sobre a segurança global, já que o desenvolvimento contínuo e a implementação de tais tecnologias estratégicas podem moldar o futuro das relações de poder no cenário internacional e influenciar o equilíbrio militar de forma significativa. Assim, o mundo poderá se ver diante de um novo paradigma de estabilidade, onde a deterrência nuclear assume papéis centrais nas discussões internacionais.
 
 








