A Ministra da Segurança, Patricia Bullrich, afirmou que Karaki esteve diretamente envolvido em dois atentados contra alvos judaicos na Argentina durante a década de 1990. Segundo ela, desde então ele vem desempenhando um papel importante na organização do Hezbollah na região. Durante sua estadia na América Latina, Karaki teria utilizado documentos falsos brasileiros, colombianos e venezuelanos, atuando como o principal articulador do grupo extremista na região.
Suspeita-se que Karaki tenha fornecido o carro-bomba utilizado no atentado contra a Embaixada de Israel em Buenos Aires em 1992, evento que precedeu o ataque à Associação Mutual Israelita Argentina (AMIA) em 1994, que resultou na morte de 85 pessoas. Diante dos novos indícios de ações coordenadas do Hezbollah na América Latina, o governo argentino está trabalhando em conjunto com Brasil e Paraguai para acionar o alerta vermelho global e prender o extremista.
Essas revelações feitas pela Ministra Bullrich ressaltam a importância da cooperação internacional no combate ao terrorismo e à atividade criminosa transnacional. O caso de Hussein Ahmad Karaki mostra como a atuação de grupos extremistas pode ultrapassar fronteiras e representar uma ameaça à segurança em diferentes países da região. A emissão do alerta de prisão internacional é mais um passo no sentido de garantir a justiça e a segurança para as vítimas desses atentados e prevenir futuros ataques perpetrados por esses grupos terroristas.