Milei, conhecido por suas opiniões contrárias à intervenção de organizações internacionais, destacou que considera a Organização Mundial da Saúde (OMS) uma ameaça à soberania da Argentina. Em seu discurso durante o Fórum Econômico Mundial, realizado em Davos, ele manifestou preocupações sobre o que classificou como um “ambientalismo fanático”. Para ele, essa ideologia vê os seres humanos como um “câncer” que deve ser eliminado, enquanto o desenvolvimento econômico é tratado como um obstáculo, ou até um crime, contra a natureza. Esse tipo de retórica não apenas reflete uma crítica à comunidade ambientalista, mas também sinaliza um movimento em direção a uma filosofia política que prioriza a economia em detrimento de normas ambientais.
Desde o início de sua administração, Milei já havia sinalizado sua intenção de não seguir certos protocolos da OMS, afirmando que tal adesão poderia comprometer a soberania nacional. A visão de Milei representa, portanto, uma reinterpretação das obrigações internacionais da Argentina, pondo em discussão questões de saúde pública e responsabilidade climática de maneira abrangente e, por vezes, controversa.
Essas declarações e intentos de desvinculação de normas globais podem provocar reações tanto dentro da Argentina quanto na comunidade internacional, uma vez que o compromisso com o Acordo de Paris é fundamental para o futuro do combate às mudanças climáticas e à saúde pública. A direção que a política externa argentina tomará, sob a liderança de Milei, será objeto de intenso escrutínio nos próximos meses, à medida que o presidente busca implementar suas visões de governo.