Argentina sob o risco de abandonar Acordo de Paris e OMS com possíveis decisões do presidente Javier Milei, semelhante a atos de Donald Trump.

O recém-empossado presidente argentino Javier Milei está considerando a possibilidade de retirar seu país do Acordo de Paris, uma iniciativa global fundamental para o combate às mudanças climáticas. A informação foi veiculada por diversas fontes de mídia argentinas, que apontam uma postura de alinhamento de Milei com algumas das políticas do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que também fez movimentos semelhantes durante seu mandato. Essa estratégia parece indicar um afastamento das obrigações internacionais em prol de uma maior autonomia nacional.

Milei, conhecido por suas opiniões contrárias à intervenção de organizações internacionais, destacou que considera a Organização Mundial da Saúde (OMS) uma ameaça à soberania da Argentina. Em seu discurso durante o Fórum Econômico Mundial, realizado em Davos, ele manifestou preocupações sobre o que classificou como um “ambientalismo fanático”. Para ele, essa ideologia vê os seres humanos como um “câncer” que deve ser eliminado, enquanto o desenvolvimento econômico é tratado como um obstáculo, ou até um crime, contra a natureza. Esse tipo de retórica não apenas reflete uma crítica à comunidade ambientalista, mas também sinaliza um movimento em direção a uma filosofia política que prioriza a economia em detrimento de normas ambientais.

Desde o início de sua administração, Milei já havia sinalizado sua intenção de não seguir certos protocolos da OMS, afirmando que tal adesão poderia comprometer a soberania nacional. A visão de Milei representa, portanto, uma reinterpretação das obrigações internacionais da Argentina, pondo em discussão questões de saúde pública e responsabilidade climática de maneira abrangente e, por vezes, controversa.

Essas declarações e intentos de desvinculação de normas globais podem provocar reações tanto dentro da Argentina quanto na comunidade internacional, uma vez que o compromisso com o Acordo de Paris é fundamental para o futuro do combate às mudanças climáticas e à saúde pública. A direção que a política externa argentina tomará, sob a liderança de Milei, será objeto de intenso escrutínio nos próximos meses, à medida que o presidente busca implementar suas visões de governo.

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