Em declarações recentes, a ministra das Relações Exteriores, Diana Mondino, reforçou que a Argentina ainda não possui a intenção de integrar o grupo, composto por gigantes econômicos como Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, além de novos membros como Egito, Etiópia, Irã, Emirados Árabes Unidos e Arábia Saudita. A recusa em se juntar ao BRICS é vista por muitos especialistas, como o analista Christian Lamesa, como um sinal de falta de seriedade na política internacional do país. Lamesa argumenta que a Argentina não apenas negligenciou uma oportunidade valiosa para diversificar seus mercados, como também perdeu a chance de ingressar em uma associação que inclui nações com economias emergentes e um grande potencial de consumo.
A decisão de Milei pode ser crítica, dado que o BRICS, criado em 2006, vem se consolidando como um espaço de cooperação econômica e política de relevância crescente no cenário global. Com a atual presidência da Rússia e uma cúpula agendada para outubro de 2024 em Kazan, a importância do bloco se revela ainda maior. Ao não integrar o BRICS, a Argentina se afasta de uma rede que poderia fornecer novas oportunidades comerciais e acesso a maiores mercados, um fator crucial em tempos de turbulência econômica.
A análise dos impactos dessa escolha de Milei e Mondino sugere que a Argentina pode estar se isolando em um momento em que a globalização das relações comerciais é mais relevante do que nunca. A pergunta que paira no ar é até que ponto essa postura poderá afetar a posição do país no cenário internacional e suas futuras perspectivas econômicas.