Após uma campanha que foi atingida por desafios, Massa conseguiu garantir a vitória no primeiro turno, obtendo 36,78% dos votos contra 29,99% de Milei. A estratégia peronista de tentar mudar o foco do debate político foi crucial para o sucesso de Massa, desviando a atenção da dramática crise econômica, social e financeira que assola a Argentina.
A estratégia peronista se concentrou em colocar Milei como o centro das atenções, explorando sua personalidade, suas propostas disruptivas e seu vínculo com seus cachorros, além de tentar alertar a população sobre o risco que o candidato da direita radical poderia representar para as instituições democráticas da Argentina.
A dramática crise econômica, com uma inflação superior a 140% ao ano e 41% da população vivendo abaixo da linha de pobreza, foi amplamente escanteada pela estratégia peronista, que teve sucesso em desviar o debate político para outros temas.
O impacto da estratégia peronista ainda é incerto, já que mais de 50% dos eleitores que participaram do primeiro turno votaram contra o governo da aliança peronista e kirchnerista, apesar do alto índice de rejeição desses partidos. A dúvida agora é se o desejo de mudança por parte dos argentinos conseguirá superar o medo que Milei causa em amplos setores da sociedade.
Os indicadores econômicos da Argentina continuam trágicos, com uma inflação sufocante e escassez de dólares, o que tem provocado o desabastecimento de produtos importados e aumentado a tensão social. Analistas afirmam que esta é uma eleição sem igual na região, com um cenário de crise econômica se sobrepondo à disputa política.
Massa conseguiu se manter competitivo como candidato graças à estratégia focada em desviar a atenção dos eleitores da situação econômica do país, colocando Milei como o principal ponto de debate na campanha.