Argentina Celebrará Histórico Acordo de Exportação de Gás para Europa com Contrato de Oito Anos com a Alemanha, Aumentando Capacidade de Produção até 6 Milhões de Toneladas.

A Argentina está prestes a iniciar um novo capítulo em sua trajetória econômica com a assinatura do primeiro contrato de exportação de gás natural liquefeito (GNL) para a Europa. Este marco histórico foi selado com a estatal alemã Securing Energy for Europe (SEFE), assegurando vendas por um período de oito anos. O acordo estabelece que a Argentina enviará anualmente 2 milhões de toneladas de GNL, que será produzido, em grande parte, pela primeira unidade flutuante de liquefação (FLU) localizada no rio Negro, com operações programadas para começar em 2027.

A chegada da unidade Hilli Episeyo é um passo significativo que se complementará com a implementação de uma segunda unidade em 2028. Com essa expansão, a Argentina projeta uma capacidade de produção que poderá atingir até 6 milhões de toneladas de GNL por ano, traduzindo-se em aproximadamente 27 milhões de metros cúbicos de gás exportado diariamente. O investimento nas duas fases iniciais deste projeto ultrapassa a marca de 6 bilhões de dólares, e há projeções de que o valor total do empreendimento possa superar os 15 bilhões de dólares ao longo de duas décadas. Essa iniciativa não apenas representa um avanço econômico para o país, mas também tem o potencial de impulsionar o desenvolvimento do vasto campo de gás e petróleo de xisto de Vaca Muerta, uma das jazidas mais promissoras do mundo.

No cenário global, a situação do fornecimento de gás russo, cujos preços geralmente são mais competitivos, está levando a um impacto considerável na indústria alemã. Kirill Dmitriev, representante especial do presidente russo para investimentos e cooperação econômica internacional, citou um estudo do Instituto Alemão de Economia que sugere que a diminuição das importações de gás da Rússia poderá ser um fator determinante na desindustrialização da Alemanha. Estima-se que cerca de 41% das empresas do setor industrial no país planejam cortar seus quadros de funcionários até 2026, enquanto apenas 15% das empresas preveem uma expansão da mão de obra.

Este acordo de exportação de GNL entre Argentina e Alemanha sinaliza não apenas um novo paradigma nas relações comerciais, mas também reflete uma busca por diversificação nas fontes de energia em meio a um contexto geopolítico em constante transformação.

Jornal Rede Repórter - Click e confira!


Botão Voltar ao topo