Argentina Alerta para Chefe do Hezbollah na América Latina, Acusado de Planejar Ataques no Brasil e Recrutar Militantes para o Grupo Terrorista

A Argentina acendeu um sinal de alerta internacional ao solicitar um aviso de prisão para Hussein Ahmad Karaki, apontado como o principal líder do Hezbollah na América Latina. Em comunicado emitido na última sexta-feira (25), o Ministério da Segurança argentino afirmou que Karaki estava envolvido em atividades de recrutamento de militantes e na elaboração de planos para realizar ataques em vários países, incluindo o Brasil.

O caso de Karaki é particularmente sério, uma vez que sua história é marcada por uma longa trajetória de envolvimento em atos terroristas na região. De acordo com as informações divulgadas pela ministra da Segurança, Patricia Bullrich, Karaki foi um dos cabos ligados ao atentado de 1992 contra a Embaixada de Israel em Buenos Aires e também está associado ao ataque à Associação Mutual Israelita Argentina (Amia) em 1994, que resultou em 85 mortes e causado centenas de feridos.

Bullrich revelou que Karaki deixou a Argentina de forma clandestina, utilizando um passaporte colombiano falso, horas antes do atentado à embaixada. As autoridades argentinas acreditam que, atualmente, o líder do Hezbollah esteja no Líbano, após ter utilizado diversos documentos falsos durante seu período na América Latina, abrangendo não apenas o Brasil, mas também a Colômbia e a Venezuela. Além disso, ele é descrito como uma figura central na estrutura do Hezbollah no continente, atuando diretamente sob as ordens de Hassan Nasrallah.

Os esforços da Argentina para combater o extremismo chegarão ainda mais longe, pois o país já colaborou com a Polícia Federal do Brasil para desmantelar planos de ataque contra a comunidade judaica neste país. Em março de 2023, um plano de ataque na região foi frustrado, e foi ressaltado que Karaki também teve tentativas de realizar ataques no Peru.

Diante da natureza das atividades criminosas e do perigo potencial representado por Karaki, o governo argentino solicitou à Interpol a emissão de um alerta vermelho, com o apoio de Brasília e Assunção, a fim de localizar e prender o terrorista e, assim, evitar novos atentados na região. A coordenação internacional é vista como chave na luta contra organizações terroristas que buscam se estabelecer na América Latina, região que se mostra cada vez mais vulnerável a suas influências.

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