Arce defende diálogo em vez de armas para resolver conflito na Ucrânia durante cúpula do G20 no Rio de Janeiro



Na cúpula do G20 realizada no Rio de Janeiro, o presidente da Bolívia, Luis Arce, destacou a urgência de se buscar alternativas pacifistas para resolver a crise entre a Rússia e a Ucrânia, ao invés de aumentar a arsenal militar. Durante sua participação no evento, Arce se posicionou contra a recente autorização dos Estados Unidos para o uso de mísseis ATACMS por parte da Ucrânia, enfatizando que o verdadeiro caminho para a paz reside em negociações e diálogo, não em uma escalada de armamentos. “A situação entre a Rússia e a Ucrânia é delicada. Sempre lamentaremos qualquer chamado ao uso de mísseis ou armas letais”, afirmou o presidente, ressaltando a necessidade de enviar mais pacifistas e negociadores ao invés de foguetes.

Luis Arce destacou ainda o papel histórico da Bolívia como um país pacifista, ressaltando que sua Constituição reflete esse compromisso. Ele defendeu que a busca por soluções por meio do diálogo é fundamental para a resolução de conflitos. Além de suas opiniões sobre o conflito no leste europeu, o presidente boliviano também se posicionou acerca da desigualdade econômica em sua nação, frisando que a intervenção do Estado foi crucial para reduzir a pobreza e melhorar a distribuição de renda.

Arce trouxe à tona os desafios impostos pelo sistema capitalista, que frequentemente resulta na concentração de riqueza em mãos de poucos. Ele argumentou que apenas com a intervenção estatal é possível corrigir as desigualdades geradas pelas falhas do sistema econômico vigente. O líder boliviano destacou, por exemplo, a implementação de um imposto sobre grandes fortunas já adotado em seu país desde 2021, que visa justamente combater essa concentração de riqueza.

Por último, Arce não deixou de mencionar os avanços da Bolívia na produção de energia limpa. Ele comentou que a transição das usinas termelétricas, muito mais poluentes, para fontes de energia mais sustentáveis é um passo significativo. Contudo, ele enfatizou a necessidade de tecnologias acessíveis para que países em desenvolvimento como a Bolívia possam expandir sua capacidade de produção de energia limpas sem comprometer o meio ambiente. Ao final de sua fala, reiterou a importância de participar do G20 para expor as iniciativas do país e fomentar um diálogo global sobre temas prementes como desigualdade e sustentabilidade.

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