O objetivo central da iniciativa é engajar diversos segmentos da sociedade — incluindo instituições públicas, organizações não governamentais e o setor privado — na luta pela proteção integral de crianças e adolescentes. A campanha destaca a urgência de ações diante do agravamento das desigualdades sociais, que afetam diretamente a infância no município.
Conforme ressaltado pela secretária de Desenvolvimento Social, Fabrícia Galindo, Arapiraca conta com aproximadamente 38 mil crianças e adolescentes cadastrados no CAD Único, revelando a gravidade da desigualdade social presente na região. A secretária enfatiza a importância de políticas públicas que promovam e protejam os direitos desse público vulnerável. Galindo observou ainda que a participação em campanhas intersetoriais é vital para dar visibilidade a um tema que frequentemente é relegado à invisibilidade.
Radamés Pereira, superintendente de Direitos Humanos e presidente do CMDCA, lembrou que a campanha faz parte do projeto “Trabalho Infantil – Dano Prolongado!”, aprovado pelo Ministério Público do Trabalho em Alagoas. Ele destacou que, embora o mês de junho concentre ações intensificadas, o compromisso de combate ao trabalho infantil é um trabalho anual.
A Procuradora do Trabalho em Arapiraca, Marcela Dória, sublinhou as consequências devastadoras do trabalho infantil, que impede o desenvolvimento integral das crianças, limitando suas oportunidades educacionais e sociais. Para ela, é fundamental que a sociedade se mobilize e que as ações de conscientização, especialmente neste mês alusivo ao tema, sejam amplificadas para erradicar esse problema.
O Fórum Nacional de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil (FNPETI) também apoiou a campanha deste ano, com o lema “Transformar os nossos compromissos em ação” e o slogan “Toda criança que trabalha perde a infância e o futuro”. Essa convocação visa incentivar a população a converter palavras em atitudes concretas, reafirmando a necessidade de um esforço coletivo para enfrentar e erradicar o trabalho infantil, protegendo assim o direito à infância de todas as crianças.
