O Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA) de Arapiraca é a principal unidade de referência no município para o atendimento especializado em hepatites virais. Além disso, as Unidades Básicas de Saúde (UBS) disponibilizam testes rápidos e vacinas, ampliando o acesso à saúde para a população. A secretária municipal de Saúde, Rafaella Albuquerque, destaca a importância desta campanha como uma oportunidade de salvar vidas. Segundo ela, “Falar sobre hepatites virais ainda é um tabu para muita gente, mas precisamos quebrar esse silêncio com informação, escuta e ação.”
A programação da campanha envolve palestras conduzidas por profissionais da Secretaria Municipal de Saúde em locais estratégicos, como o 1º Centro, Hospital Regional e Hospital Ágape. Também foram realizadas testagens direcionadas a profissionais da saúde e à comunidade em geral. Recentemente, a equipe da SMS participou de uma ação do Ministério Público nas Comunidades, oferecendo testagens e orientações na Escola Mário César Fontes, localizada no bairro Planalto.
As hepatites virais se dividem nos tipos A, B, C, D e E, sendo que a vacinação está disponível para os tipos A e B. A conscientização destaca que a hepatite B é frequentemente transmitida por meio de relações sexuais desprotegidas, enquanto a hepatite C está mais relacionada ao contato com sangue contaminado. É essencial reforçar o uso de preservativos para prevenir não só as hepatites, mas também Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs), incluindo HIV e sífilis.
O SUS oferece vacinas contra hepatite A e B, sendo a vacina da hepatite B recomendada para todas as idades. A imunização pode ser iniciada nas primeiras 12 horas de vida e é fornecida em três doses. Adultos que não foram vacinados ou que não completaram o esquema vacinal podem se dirigir às unidades de saúde para regularizar a situação. Já para a hepatite A, a vacina é destinada a crianças de 15 meses a menores de 5 anos e a grupos prioritários, como pessoas vivendo com HIV e transplantados.
A hepatite C, por sua vez, possui tratamento disponível pelo SUS, com uma taxa de cura que pode atingir 95%. É necessário, portanto, que a população busque orientação e informação, rompendo as barreiras do silêncio e do preconceito em relação a essas doenças.