A oficina, facilitada por sete técnicos da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), foi projetada para capacitar esses profissionais a identificar e abordar as especificidades de saúde relacionadas à população LGBTQIAPN+. Temas como saúde mental, infecções sexualmente transmissíveis, hormonização e saúde reprodutiva foram amplamente discutidos, visando a uma assistência mais adaptada e especializada. A proposta é que, ao entender essas particularidades, os profissionais possam reduzir desigualdades e melhorar a qualidade do atendimento prestado à comunidade.
Em declaração, a secretária municipal de Saúde, Rafaella Albuquerque, enfatizou o compromisso da gestão em oferecer um serviço de saúde que respeite e dignifique todos os cidadãos. “Essa oficina é parte de um esforço coletivo para que nossos profissionais compreendam melhor as necessidades da população LGBTQIAPN+. O SUS é para todos”, afirmou a secretária.
Érica Paula, coordenadora de Equidade e Políticas Afirmativas, destacou a importância da formação contínua dos profissionais de saúde. Segundo ela, a capacitação é essencial, pois estes são os responsáveis por prestar cuidados diretos à população, muitas vezes atuando no dia a dia das comunidades. “Fortalecer esses profissionais é garantir que a rede de saúde pública em Arapiraca se torne um espaço de acolhimento e respeito”, concluiu.
A criação da coordenação de Equidade e Políticas Afirmativas, implantada em maio, é um marco importante na construção de políticas públicas de saúde voltadas não apenas para a comunidade LGBTQIAPN+, mas também para outras populações historicamente vulneráveis, como a população negra, quilombola, pessoas com albinismo e aqueles em situação de rua. Assim, a gestão municipal busca promover uma saúde mais equitativa e acessível a todos.