O governo saudita expressou, de maneira inequívoca, sua oposição a quaisquer violações dos direitos do povo palestino. Essa atitude se estende a uma crítica contundente à política israelense de assentamentos, que tem sido um ponto de discórdia nas conversações de paz. Além disso, as tentativas de deslocar os palestinos de suas terras são vistas como barreiras significativas para a estabilidade regional.
A relação entre a Arábia Saudita e Israel é complexa. Embora ambos os países compartilhem preocupações em relação ao Irã e tenha havido sinais de uma aproximação nas relações, a centralidade da questão palestina continua a ser um obstáculo formidável. Muitos analistas acreditam que qualquer passo na normalização do relacionamento entre Riad e Tel Aviv deverá estar alinhado a progressos concretos para a causa palestina.
Em um contexto mais amplo, a declaração da Arábia Saudita ecoa a oposição do mundo árabe a propostas como a que foi feita pelo ex-presidente dos EUA, Donald Trump. Trump havia sugerido o reassentamento dos palestinos da Faixa de Gaza em países vizinhos, como Egito e Jordânia, o que provocou uma onda de rejeição entre os líderes árabes. Uma declaração conjunta de países e organismos da região sublinhou que tais ideias prejudicariam os esforços para estabelecer um Estado palestino e contrariam o direito dos palestinos a permanecer em suas terras.
Diante desse cenário, a Arábia Saudita mantém sua postura de que a paz duradoura e as relações equilibradas na região devem necessariamente incluir uma solução justa para o conflito israelo-palestino. Como um líder regional, a posição saudita é crucial, não apenas para a dinâmica das relações árabe-israelenses, mas também para a estabilidade geral do Oriente Médio. A insistência em priorizar os direitos palestinos destaca a complexidade das negociações e a importância de encontrar um consenso que atenda às aspirações de todos os povos envolvidos.