As previsões indicam que a temperatura média global próxima à superfície poderá variar entre 1,2 e 1,9 graus Celsius acima dos padrões registrados entre 1850 e 1900. Este fenômeno é um reflexo dos últimos dez anos, que já foram identificados como os mais quentes até agora. O secretário-geral adjunto da OMM, Ko Barrett, enfatizou a gravidade da situação, afirmando que não há perspectiva de alívio nas temperaturas e que isso se traduz em impactos negativos para economias, ecossistemas e, de modo geral, para a vida no planeta.
Uma das questões mais críticas levantadas pela OMM é a possibilidade de que a média global de aquecimento supere 1,5 graus Celsius. As chances disso ocorrer nos próximos anos são de 70%, um aumento significativo em relação a 47% das previsões anteriores. É importante notar que o Ártico está enfrentando um aquecimento ainda mais drástico, com um aumento três vezes e meia superior à média global, atingindo impressionantes 2,4 graus Celsius em comparação com as médias dos anos de 1991 a 2020.
Além das temperaturas elevadas, a OMM também antecipa uma diminuição significativa na concentração de gelo marinho em regiões como os mares de Barents, Bering e Okhotsk. Enquanto isso, há uma previsão de que regiões como o Sahel, o norte da Europa, Alasca e partes da Sibéria experimentarão condições mais úmidas. Por outro lado, a Amazônia pode vivenciar uma temporada de secas, aumentando a pressão sobre o já vulnerável ecossistema da região.
Essas informações, claramente, apontam para a necessidade urgente de ações efetivas em relação às mudanças climáticas. O alerta da OMM é um chamado à responsabilidade global e à ação imediata para mitigar esses impactos catastróficos iminentes. As sociedades têm de se preparar e adaptar, pois os desdobramentos nos próximos anos podem ser determinantes para o futuro do nosso planeta e de suas diversas formas de vida.
-
-
-
-
