Aprovada na Câmara, MP eleva salário mínimo e amplia isenção de imposto de renda no Brasil.

A Câmara dos Deputados concretizou na noite de quarta-feira (23) uma importante conquista para os brasileiros ao aprovar o texto da Medida Provisória 1.172/23. Dentre as várias mudanças propostas pela medida, duas se destacam: o reajuste do salário mínimo para R$ 1.320 e a ampliação da faixa de isenção da tabela do Imposto de Renda. Agora, o texto seguirá para apreciação do Senado, onde espera-se que seja aprovado.

O aumento do salário mínimo de R$ 1.302 para R$ 1.320 já havia sido implementado no dia 1º de maio através de uma edição anterior da MP pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. No entanto, para que a medida tenha validade, é necessário que seja aprovada tanto pela Câmara dos Deputados quanto pelo Senado.

O deputado Merlong Solano (PT-PI), relator da MP, fez uma contribuição significativa ao texto ao instituir a política de valorização do salário mínimo, que prevê um aumento real equivalente à variação positiva do Produto Interno Bruto (PIB) de dois anos anteriores ao de vigência do novo valor. Essa política está programada para entrar em vigor a partir de 2024, quando se espera que o salário mínimo alcance o valor de R$ 1.461.

Outra mudança relevante presente no texto é a ampliação da faixa de isenção do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF). Atualmente, aqueles que recebem até R$ 1.903,98 por mês estão isentos de pagar o imposto. Com a nova medida, esse valor será ampliado para até R$ 2.640 mensais.

Uma proposta que havia sido incluída no texto original, estabelecendo a tributação de rendimentos no exterior, trust e offshore, foi retirada após a votação de um destaque. O governo justificou que a tributação seria utilizada para compensar a renúncia fiscal em relação à correção da tabela do Imposto de Renda.

Porém, diante da resistência dos parlamentares em relação à tributação das offshores, o governo decidiu chegar a um acordo com as lideranças partidárias e transferir o tema para um projeto de lei. Em vez disso, os fundos exclusivos, que são instrumentos personalizados de investimentos com um único cotista e que exigem uma entrada mínima de R$ 10 milhões, passarão a ser tributados.

Estima-se que, a partir de 2024, essa nova medida resultará em uma arrecadação anual de R$ 10 bilhões, sendo que neste ano serão arrecadados R$ 3 bilhões para financiar a ampliação da faixa de isenção do IRPF.

Importante mencionar que as informações presentes neste texto foram obtidas através da Agência Câmara, que acompanhou de perto a votação e a aprovação da medida. Agora, resta aguardar para que o Senado também aprove as mudanças propostas e para que o salário mínimo seja oficialmente reajustado para R$ 1.320.

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