Aprovação da PEC da Blindagem gera 83% de críticas nas redes sociais e provoca protestos em 33 cidades contra urgência do projeto de anistia.

A proposta de Emenda Constitucional 3/21, conhecida popularmente como PEC da Blindagem, continua a suscitar um número considerável de críticas nas redes sociais. Um estudo recente revelou que 83% das menções sobre essa PEC são de teor negativo, refletindo a apreensão da opinião pública a respeito da proposta. Esse levantamento, que investiga postagens desde o dia 16 de setembro, contabilizou cerca de 2,3 milhões de menções, atingindo uma média de 44 milhões de perfis por hora.

As críticas direcionadas à PEC não se restringem apenas à proposta em si, mas se estendem ao Congresso Nacional e ao presidente da Câmara, Hugo Motta. De acordo com a análise, 46% das menções negativas estão diretamente ligadas ao nome de Motta e à atuação da Câmara dos Deputados. É importante destacar que as desaprovações ganharam força principalmente através de parlamentares de esquerda, que têm utilizado as plataformas digitais para manifestar seu descontentamento.

Por outro lado, apenas 17% das menções foram consideras positivas, vindas de apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro e seus aliados. Estas postagens muitas vezes incluíram também críticas ao Supremo Tribunal Federal (STF), refletindo um cenário polarizado em que o apoio à PEC é acompanhado de ataques a outras instituições.

A pressão da opinião pública fez com que alguns deputados, diante do projeto como um todo e de suas repercussões negativas, se sentissem compelidos a se desculpar por terem votado a favor da proposta. Além disso, protestos contra a PEC e o regime de urgência que a acompanha estão programados para ocorrer neste domingo (21) em 33 cidades, incluindo 22 capitais.

Num evento promovido por apoiadores de Bolsonaro na Itália, o deputado Eduardo Bolsonaro caracterizou a proposta como “PEC da Sobrevivência”. Ele mencionou a influência de políticos do STF em processos que estariam colocando em risco a liberdade dos parlamentares, argumentando que a PEC representaria um meio necessário de proteção ao Poder Legislativo, o que ele considera uma questão de sobrevivência, não de impunidade.

Após a aprovação nos dois turnos pela Câmara, a proposta agora está sob análise da Comissão de Constituição e Justiça do Senado, presidida por Otto Alencar. O senador se posicionou de maneira firme contra a PEC, deixando claro que não acredita que ela consiga avançar na Casa Revisora. Essa situação revela a complexidade do ambiente político atual e os desafios que a PEC da Blindagem enfrenta para ser efetivada.

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