A investigação, realizada pela Delegacia da PF em Campinas, São Paulo, foi fundamental para desmantelar a rede que operava na região e que se dedicava à transferência ilegal de crianças para a Europa. A PF ressaltou que, ao longo do ano passado, o trabalho conjunto com a Polícia Judiciária de Portugal foi essencial para localizar e fornecer cuidados adequado ao bebê, que atualmente tem um ano e quatro meses.
Após ser encontrado em Portugal, o bebê foi acolhido por uma família temporária e ficou sob a proteção dos serviços sociais locais. Durante esse período, foram feitas verificações para confirmar a verdadeira nacionalidade da criança, uma vez que seus registros foram falsificados para ocultar sua origem brasileira. A investigação identificou que, de fato, se tratava de um caso de tráfico humano.
Com a confirmação da condição brasileira do bebê, as autoridades brasileiras e portuguesas passaram a trabalhar em conjunto para garantir a repatriação. O Ministério Público Federal e a Justiça portuguesa expediram a ordem necessária para que a criança pudesse voltar para casa. Para o processo de repatriação, policiais federais viajaram a Portugal, onde mantiveram contato com o menino antes de seu retorno.
Ao chegar novamente ao Brasil, a criança foi entregue a uma instituição dedicada ao acolhimento familiar, onde continuará a receber os cuidados necessários. A PF destacou a importância do contato entre a família acolhedora em Portugal e a nova família no Brasil, a fim de facilitar uma transição suave e oferecer todas as informações necessárias para o bem-estar do pequeno.
Este caso não só revela os perigos do tráfico humano, mas também enfatiza a importância da cooperação internacional em situações delicadas como essa, garantindo o retorno seguro de crianças vítimas de crimes. A Operação Pérola serve como exemplo de que, por meio de esforços conjuntos, é possível enfrentar e combater essas práticas abomináveis.