Nova Escola de Envolvido em Caso de Maus-Tratos Entra na Mira das Autoridades
Helio Edson Alves e Silva, um dos alvos do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) em uma investigação que envolve a creche Casa Nanny, acaba de arrendar uma nova instituição de ensino no Distrito Federal. A nova escola, chamada EscoLAR Educacional, situada em Arniqueira, atende crianças na faixa etária de 1 a 5 anos e, segundo o Conselho de Educação do Distrito Federal (CEDF), opera sem o devido credenciamento da Secretaria de Educação (SEEDF).
Em comunicação oficial, o CEDF esclareceu que a EscoLAR não tem autorização para prestar serviços educacionais e que a Secretaria de Estado de Proteção da Ordem Urbanística (DF Legal) já foi notificada sobre a situação irregular da escola. A DF Legal, por sua vez, indicou que uma equipe deve visitar a instituição nos próximos dias para apurar a situação. A reportagem buscou contato com a EscoLAR Educacional, mas ainda aguarda resposta para mais esclarecimentos.
Embora Helio Alves seja mencionado nas investigações da Casa Nanny, a defesa da instituição reafirmou que não há nenhum vínculo societário entre a Casa Nanny e a nova escola. Em nota oficial, os representantes legais esclareceram que “as instituições são distintas e não compartilham qualquer relação de administração ou estrutura empresarial”. No entanto, vale ressaltar que a Justiça do DF rejeitou um pedido do MPDFT que buscava impedir os sócios da Casa Nanny de abrir novas creches.
A Casa Nanny foi fechada após uma série de denúncias que incluíam maus-tratos, falta de higiene e condições sanitárias inadequadas. A 4ª Promotoria de Justiça de Defesa do Consumidor (Prodecon) investigou os alegados crimes, que vão além dos maus-tratos, envolvendo também situações como constrangimento de crianças e associação criminosa. Os responsáveis pela creche foram acusados de manter as atividades operando de forma irregular, enquanto omitiam informações essenciais dos pais sobre o estado das instalações.
A Defesa da Casa Nanny se posicionou criticando a narrativa do MP, afirmando que falta embasamento e responsabilidade às alegações feitas pelo promotor. Os advogados da instituição alegaram que informações sigilosas foram divulgadas de forma inadequada, comprometendo a imagem da creche e de seus administradores. Este caso continua a se desenrolar, levantando questões significativas sobre a regulamentação das instituições de ensino e sobre a proteção dos direitos das crianças.
