Após a repercussão do caso, a Unimed-Ferj entrou em contato com o beneficiário para esclarecer a situação e, na última quarta-feira (dia 26), enviou um boleto com o valor anterior, de R$ 2.7 mil. O gerente jurídico da QV Saúde, que administra a carteira coletiva do idoso, explicou que a empresa recebeu a informação da Unimed de que o reajuste de 300% não seria mais aplicado.
Segundo Henrique Bayon, o contrato coletivo que o aposentado faz parte era inicialmente formado por ex-funcionários da Caixa Econômica Federal, mas ao longo do tempo, os usuários foram saindo e atualmente apenas o idoso está no contrato. Isso pode ter influenciado no percentual alto do reajuste, pois ele estaria arcando sozinho com todos os custos.
Em 2023, o idoso já havia enfrentado um reajuste significativo, passando de R$ 1.816 para R$ 2.761. O caso foi levado à Justiça e, mesmo com a negativa em primeira instância, os advogados do aposentado recorreram e aguardam a decisão dos desembargadores para definir qual percentual será aplicado no plano de saúde.
Esse não é um caso isolado, já que os reajustes nos planos de saúde coletivos costumam ser bem acima da média dos contratos individuais. A falta de regulação nesse setor permite que as operadoras apliquem aumentos abusivos, como no caso de Henrique, que enfrentou um reajuste de 300%.
A luta do aposentado contra o câncer é árdua, e a Unimed tem atrasado a entrega de medicamentos e negado procedimentos necessários para o seu tratamento. A situação é delicada e exige uma resposta adequada por parte da operadora de saúde para garantir o acesso aos cuidados necessários para a saúde do idoso.