Após ataques aéreos israelenses, houthis denunciam ‘crime sionista’ e reafirmam apoio ao povo da Gaza em meio a crescente tensão no Iêmen.

Recentemente, o Iêmen se tornou palco de intensos bombardeios realizados pelas forças israelenses, gerando fortes reações do movimento rebelde iemenita conhecido como Ansar Allah, ou houthis. Esses ataques, que visaram o aeroporto internacional de Sanaa, bem como outras infraestruturas civis, foram denunciados como um “crime sionista” que atinge todo o povo iemenita.

O porta-voz dos houthis, Mohamed Abdelsalam, usou suas redes sociais para afirmar que as ações militares de Israel “não impedirão” o apoio do Iêmen à luta pela Palestina. Ele criticou a política israelense, alegando que o governo tem um histórico de agressões que resultaram na morte de milhões de palestinos, o que caracteriza um genocídio em Gaza.

Gamal Amer, um dos principais negociadores dos houthis, foi ainda mais incisivo em sua crítica. Ele não apenas condenou os ataques israelenses, mas também direcionou suas acusações ao primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, chamando-o de “criminoso” por atacar portos e usinas de energia. Amer descreveu o ataque como um sinal de “fracasso e falta de engenhosidade”, ressaltando que a operação bélica ocorreu logo após a chegada de um avião da Organização das Nações Unidas (ONU), que transportava o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom. Esse timing foi interpretado como um desrespeito flagrante à ONU e suas missões humanitárias.

As informações apontam que os ataques israelenses foram realizados com base em supostas intelígencias a respeito de posições operacionais dos houthis, concentrando-se no aeroporto de Sanaa e nas usinas de Hezyaz e Ras Kanatib, além de outras localizações estratégicas nos portos de Hodeida e Salif. Tragicamente, pelo menos duas pessoas perderam a vida em decorrência dos bombardeios e mais 11 ficaram feridas no aeroporto, enquanto outra vítima foi confirmada no porto de Ras Kanatib.

Diante deste cenário de crescente violência e desestabilização, os houthis apelam para que outras organizações internacionais intervenham e responsabilizem o estado israelense por suas ações, que contrariam as leis internacionais. O conflito no Iêmen, que já está em andamento há anos, continua a se intensificar, refletindo a complexidade e a interconexão dos conflitos no Oriente Médio.

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