O levantamento demonstra que este apoio não se limita a um único segmento da população; na verdade, é amplamente disseminado entre diversas faixas sociais. No entanto, destaca-se que o respaldo é mais robusto entre aqueles que se identificam com a direita e o centro político, além de ser mais elevado entre indivíduos com renda superior a cinco salários mínimos. Este cenário indica uma divisão nas percepções acerca das operações policiais, onde a preocupação com a segurança prevalece em certos grupos, enquanto outros manifestam apreensões sobre os potenciais abusos de força e violações de direitos humanos.
Ainda de acordo com a pesquisa, 64% dos moradores entrevistados consideraram a operação recente como positiva, e 58% a avaliam como um sucesso. A investigação incluiu 1.500 entrevistas, apresentando uma margem de erro de três pontos percentuais, o que confere credibilidade aos dados apresentados.
As operações nos complexos do Alemão e da Penha, que mobilizaram cerca de 2.500 policiais, resultaram em um trágico saldo de 121 mortos, incluindo quatro agentes de segurança; além disso, 81 pessoas foram presas e 93 fuzis apreendidos. O governo estadual classificou essa ação como “estratégica e indispensável” para a luta contra o tráfico de drogas, enquanto diversas organizações de direitos humanos levantaram críticas severas sobre os excessos e a letalidade das operações, apontando para a necessidade urgente de um debate mais amplo sobre a segurança pública no país.
Essa pesquisa, portanto, abre um importante espaço para a reflexão sobre as ações policiais e suas consequências nas comunidades cariocas, ressaltando a complexidade do tema dentro da sociedade brasileira.









