Apoiadores de Evo Morales sequestram mais de 200 soldados na Bolívia, acusados de roubo e captura de reféns.

Neste sábado, o governo da Bolívia anunciou que mais de 200 soldados do país foram sequestrados por apoiadores do ex-presidente Evo Morales. Segundo o Ministério das Relações Exteriores boliviano, os responsáveis pelo sequestro são membros de “grupos irregulares” que também foram acusados de roubar armas e munições.

A identidade dos grupos envolvidos no sequestro não foi revelada pelo ministério, que também não explicou em detalhes como os soldados foram capturados. No entanto, o presidente Luis Arce afirmou anteriormente que os manifestantes que atacaram unidades militares eram simpatizantes de Morales. Ele descreveu o episódio como um “ato criminoso absolutamente condenável que não tem relação com reivindicações legítimas do movimento camponês indígena”.

Apesar do ocorrido, o ministério declarou que está aberto ao diálogo com todos os setores sociais do país. No entanto, ressaltou que o processo de diálogo não pode avançar enquanto grupos que visam apenas interesses pessoais e eleitorais do ex-presidente continuarem a cometer abusos contra o povo boliviano.

O confronto entre as forças de segurança e os apoiadores de Morales já resultou em 30 policiais feridos e mais de 50 manifestantes presos ao longo da última semana. O embate teve início há três semanas, quando promotores bolivianos iniciaram uma investigação contra Morales por supostos abusos durante seu mandato. O ex-presidente se recusou a depor e está escondido na região rural de Chapare, enquanto seus seguidores ameaçam ocupar quartéis policiais e militares em protesto contra os processos judiciais em andamento.

A disputa pelo controle do partido entre Arce e Morales, que continua dividido, permanece em destaque antes das eleições previstas para 2025. Ambos os políticos estão envolvidos em uma luta pelo poder dentro da legenda.

Sair da versão mobile