O presidente Arce condenou veementemente essa ocupação, chamando-a de crime e ressaltando que as reivindicações proclamadas pelos manifestantes estão distantes de qualquer base legítima dentro do movimento social indígena. Ele declarou que a ocupação de instalações militares equivale a uma traição à pátria e instou a comunidade internacional a tomar conhecimento da gravidade da situação. As forças de segurança bolivianas, com apoio militar, iniciaram operações para desobstruir as vias bloqueadas, levando a confrontos violentos. Relatos indicam que pelo menos 70 pessoas, incluindo civis e policiais, foram feridas durante esses confrontos, com os manifestantes utilizando explosivos e a polícia respondendo com gás lacrimogêneo.
As motivações por trás desses protestos incluem o aumento alarmante dos preços dos alimentos e a escassez de combustível, além de uma pressão crescente para suspender uma investigação criminal contra Morales. O ex-presidente é acusado de abuso sexual e outros crimes graves, cujas denúncias remontam a 2016, embora ele tenha negado as acusações, alegando que são parte de uma perseguição política dirigida ao seu retorno ao cenário eleitoral em 2025.
A escalada dos conflitos culminou com uma denúncia de Morales sobre um suposto atentado contra sua vida, que resultou em um tiroteio. Em resposta, o governo Arce anunciou a abertura de uma investigação sobre o incidente, adicionando uma nova camada de complexidade à já tensa situação política no país. Enquanto isso, os apoiadores de Morales permanecem mobilizados, sugerindo que a luta por influência política e social na Bolívia está longe de ser resolvida.