Na sexta, a Justiça havia exigido que a Enel normalizasse imediatamente a situação e estabeleceu uma multa de R$ 200 mil por hora em caso de descumprimento. Entretanto, apesar das determinações judiciais, o número de clientes afetados aumentou. Somente no último final de semana, cerca de 160 mil imóveis estavam sem eletricidade, e o total acumulado desde o início do apagão chegou a mais de 470 mil, com mais de 2 milhões de residências sendo impactadas ao longo do episódio.
Além da falta de energia, a tempestade trouxe consigo outros problemas. Moradores reportaram a falta de água, uma consequência direta da inoperância de sistemas de abastecimento que dependem de eletricidade. O impacto da ventania também resultou em quedas de árvores, algumas das quais causaram acidentes graves, incluindo fatalidades, como a morte de uma mulher atingida por uma árvore em Guarulhos.
A Enel, ao ser questionada sobre a situação, informou que o número de clientes sem energia é variável e pode mudar ao longo do dia. Segundo a empresa, enquanto algumas áreas recebem o restabelecimento, novas ocorrências surgem em outras partes da rede devido aos fortes ventos e detritos que podem danificar os cabos elétricos.
Para muitos moradores, a espera pelo restabelecimento do serviço se torna angustiante, uma vez que as dificuldades estão se acumulando. Há uma necessidade urgente de restabelecimento e melhoria na infraestrutura elétrica, particularmente em um período em que fenômenos climáticos têm se tornado cada vez mais frequentes e intensos. A resposta e a capacidade de recuperação da concessionária são, portanto, questões de fundamental importância para a população local.
