Cirurgião plástico, que carregou a tocha olímpica na manhã de sexta-feira (5), morreu em casa na tarde deste sábado (6)
Um dos mais renomados cirurgiões plásticos do Brasil e do mundo e membro da Academia Nacional de Medicina e da Academia Brasileira de Letras, Ivo Pitanguy morreu às 17h30 deste sábado (6), em casa, aos 90 anos. O médico havia saído na semana passada do Hospital Samaritano, em Botafogo, onde estava se submetendo a um tratamento de hemodiálise.
Na manhã de sexta-feira (5), ainda fragilizado e de cadeira de rodas, Ivo carregou a tocha olímpica às 7h20 da manhã pelo bairro de Botafogo, onde há anos funciona sua famosa clínica. O velório do médico está sendo realizado em sua residência, na Gávea, e, neste domingo (7), às 13h, seu corpo será encaminhado para o Memorial do Carmo, no Caju, onde será cremado no fim da tarde.
Em mais de 60 anos de profissão, Ivo cuidou dos rostos de estrelas do cinema e da TV e publicou mais de 900 trabalhos em revistas brasileiras e estrangeiras. Nascido em Belo Horizonte, Ivo cursou medicina na Universidade Federal de Minas Gerais até o 4º ano, quando, para servir o Centro de Preparação de Oficiais da Reserva sem interromper os estudos, transferiu-se para a Faculdade de Medicina da Universidade do Brasil, a atual UFRJ.
Em 1963, o cirurgião inaugurou a Clínica Ivo Pitanguy, em Botafogo, que rapidamente se tornou um centro de referência internacional da especialidade, por onde já passaram mais de 5.000 profissionais do ramo. O médico deixa quatro filhos, Ivo, Gisela, Bernardo e Helcius, e sua única mulher, Marilu, com quem era casado desde 1955.
Época
06/08/16
