O Chefe Especial da Vigilância Sanitária Municipal, Jose Airton do Santos Soares, afirmou que, até o momento, não houve qualquer notificação sobre a presença desses lotes falsificados em Maceió. No entanto, o presidente do Conselho Regional de Farmácia de Alagoas, Daniel Fortes, fez questão de alertar a população sobre os riscos da compra e uso desses medicamentos falsos. Fortes ressaltou a importância de adquirir os medicamentos em estabelecimentos regularizados, sempre na embalagem original e com nota fiscal. Ele também recomendou que, em caso de dúvidas, os pacientes entrem em contato com as empresas detentoras do registro para verificar a autenticidade dos medicamentos.
De acordo com Fortes, os medicamentos falsificados são produzidos em laboratórios ilegais e muitas vezes possuem princípios ativos, datas de validade, embalagens e métodos de administração alterados. Ele alertou que o uso desses medicamentos pode ser extremamente prejudicial à saúde, uma vez que não passam pela regulação dos órgãos de vigilância sanitária e podem representar riscos imprevisíveis para o organismo.
O presidente também ressaltou a importância de desconfiar de medicamentos vendidos sem receita médica e com preços muito inferiores aos originais, alertando que o consumo de drogas falsificadas representa um risco real à vida das pessoas.
No que se refere aos lotes falsificados, a empresa Novo Nordisk do Brasil informou à Anvisa sobre a presença de unidades do lote LP6F832 do medicamento ozempic no mercado brasileiro, alertando que esse lote não é válido e trata-se de um produto falsificado. Já a Biogen Brasil produtos farmacêuticos, responsável pelo medicamento tysabri, comunicou que o lote FF00336 não é válido para fins comerciais e apresenta divergências em relação ao medicamento original.
Diante disso, a Anvisa reforça a importância de adquirir medicamentos somente em estabelecimentos regulados e observar atentamente as embalagens, buscando sempre a orientação de um profissional de saúde em casos de dúvida. A agência também orienta que quaisquer casos de suspeita de medicamentos falsificados sejam comunicados por meio dos sistemas Notivisa e da ouvidoria pela plataforma FalaBR.
Portanto, a população deve estar atenta e cautelosa em relação à aquisição e uso de medicamentos, evitando assim colocar em risco a própria saúde.