Os cientistas identificaram que esse fenômeno não se expande de maneira uniforme. A área da anomalia está se estendendo predominantemente em direção ao continente africano. Essa situação suscita preocupações que extrapolam o âmbito acadêmico, pois a anomalia pode representar riscos tangíveis para a tecnologia e infraestrutura que dependem de sistemas eletrônicos. Satélites em órbita que cruzam essa região enfrentam uma exposição maior a doses de radiação, o que pode resultar em falhas técnicas, interrupções de serviço e possíveis danos a equipamentos essenciais.
O professor Chris Finlay, um dos principais autores do estudo e docente de ciência geomagnética na Universidade Técnica da Dinamarca, expressou preocupação sobre os eventos ocorrendo nessa região. Ele afirmou que há algo peculiar em desenvolvimento que está contribuindo para um enfraquecimento adicional do campo magnético.
Além das observações preoculpantes sobre a Anomalia do Atlântico Sul, a equipe de pesquisa também registrou alterações no campo magnético da Terra em outras localidades. Um enfraquecimento foi notado no norte do Canadá, juntamente com um deslocamento da orientação dos campos magnéticos para o oeste e leste. Embora esses fenômenos não sejam perceptíveis para a maioria da população, seus impactos podem ser significativos, principalmente sobre aparelhos e sistemas que dependem de tecnologias eletrônicas, incluindo aeronaves que operam em altitudes elevadas.
Essas informações ressaltam a necessidade urgente de prestar atenção às alterações no campo magnético da Terra, uma área que, embora frequentemente negligenciada, pode ter repercussões importantes e abrangentes na vida cotidiana, nas comunicações e nas operações de transporte a nível global. A pesquisa contínua desses fenômenos é essencial para mitigar riscos e entender melhor as forças geofísicas que moldam nosso planeta.