Ano de 2025: África do Sul será sede do G20 e continente se prepara para desafios geopolíticos e econômicos.

África do Sul será palco do G20 em 2025, prometendo um cenário movimentado para o continente africano. A expectativa gira em torno do processo de neodescolonização, onde países rompem laços militares e de assistência com ex-metrópoles europeias, especialmente com a França. Além disso, a esperança de repetir o excelente crescimento econômico de 2024, acima da média global, conforme relatório do Banco Africano de Desenvolvimento.

Analistas entrevistados no podcast Mundioka, da Sputnik Brasil, fizeram um panorama das perspectivas para a África em 2025, ressaltando a situação em diversos países. Eden Pereira, pesquisador da UFRJ, destaca que o continente atrai interesse de grandes potências como China, Rússia e Estados Unidos, devido à sua população numerosa, mercado, cientistas e recursos naturais.

As disputas entre EUA, China e Rússia devem se intensificar a partir de 2025, com enfoque no desenvolvimento econômico. Projetos chineses e russos na África buscam infraestrutura e energia, diferenciando-se da abordagem militar dos EUA. Destaca-se o crescimento econômico esperado em Senegal e Egito, com projetos de desenvolvimento em diversos setores.

Mamadou Diallo, especialista em estudos estratégicos internacionais, ressalta a continuidade do processo de neodescolonização na África em 2025. Ele destaca a importância da redefinição de parcerias pela França e pela UE, assim como a agenda da África do Sul para o G20, focando em questões ambientais e na reorganização internacional.

A previsão de que países africanos passem a ter assento no Conselho de Segurança da ONU em 2025 traz questionamentos sobre o equilíbrio de poder na organização. Diallo destaca a necessidade de mudanças estruturais para que essas vagas tenham peso e representatividade. O especialista aponta como desafios para 2025 a estabilidade interna e a redução do fluxo migratório de jovens em busca de sucesso no exterior, defendendo o potencial de crescimento e desenvolvimento interno do continente africano.

Por Sputnik Brasil.

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