Karla havia realizado o pagamento da hospedagem com antecedência, optando por chalés cujo valor total foi de R$ 1.000, sendo metade desse montante pagamento inicial para garantir a reserva. Ao chegar ao endereço indicado, a expectativa era grande, mas a triste realidade se impôs. Durante duas horas, a família ficou na porta do hotel, esperando que alguém lhes abrisse. Ao decidirem adentrar o espaço, encontraram uma estrutura deteriorada, com a piscina coberta por lodo – um cenário desolador que contrastava com as comemorações planejadas.
“Ver a minha filha tão frustrada, sem entender o que estava acontecendo, observando aquele monte de lodo, foi muito triste. Fomos insistentes, buzinamos, acreditando que eventualmente alguém apareceria”, desabafou Karla, emocionada. A situação se agravou ainda mais com a presença de amigos e familiares que haviam viajado, todos na expectativa de participar da celebração.
Para não anular a festa, Karla teve que arranjar uma casa alternativa de forma improvisada. Contudo, ela não se conforma com a situação e busca justiça. “Destruir o sonho da minha filha foi cruel. Quero que ele arque com as consequências do que fez e que não prejudique mais ninguém”, afirmou.
Outras vítimas do mesmo golpe se manifestaram, totalizando cerca de 20 pessoas que relataram episódios semelhantes. Maria Santos, uma auxiliar administrativa, contou que havia se hospedado no local anteriormente e confiou que tudo estaria em ordem. Ela tentou entrar em contato com o responsável dias antes da viagem, mas obteve resposta negativa.
Em um áudio enviado a uma das vítimas, o suspeito prometeu ressarcir os prejuízos e se desculpar pessoalmente, mas depois desse comunicado, não conseguiu mais ser contatado. O caso já está sendo investigado como estelionato, e as vítimas esperam que medidas sejam tomadas para que o responsável enfrente as consequências de seus atos e para que novas fraudes sejam evitadas no futuro.