Paradoxalmente, o governo, liderado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, parece estar mudando de estratégia. A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, tem se reunido com líderes partidários em um esforço para diminuir o suporte à proposta, que pode beneficiar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e sua figura política. A movimentação revela não apenas um jogo de poder, mas também a tensão nas relações políticas que permeiam o cenário legislativo atual.
O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), está se posicionando de forma a manter a proximidade com a base governista, mantendo uma postura de resistência em relação ao projeto de anistia. Motta acredita que a discussão sobre esse tema pode contaminar o debate legislativo mais amplo, desviando atenção de questões consideradas prioritárias. Sob pressão crescente da oposição e da importante bancada conhecida como “centrão”, ele tem buscado soluções rápidas para encerrar essa controvérsia.
A urgência da situação se intensifica no contexto atual, especialmente com o recente desfecho da condenação de Jair Bolsonaro por 27 anos e 3 meses de prisão pelo STF em relação à sua participação em uma trama golpista. A pressão sobre Motta deve se intensificar, especialmente com uma reunião de líderes convocada para a manhã desta terça-feira. A expectativa é que novos desdobramentos possam impactar significativamente a trajetória do projeto e o cenário político brasileiro como um todo.