Ancelotti condenado a um ano de prisão por fraude fiscal; extraditação pode ocorrer dependendo de recursos no Supremo Tribunal Federal

O renomado técnico da Seleção Brasileira, Carlo Ancelotti, se viu em meio a uma polêmica judicial ao ser condenado a um ano de prisão por fraude fiscal na Espanha. O veredicto, proferido em 9 de julho, no entanto, não resultará em encarceramento imediato para o italiano, que poderá cumprir sua pena em liberdade. Isso se deve ao fato de que a legislação espanhola considera penas inferiores a dois anos, quando relacionadas a crimes não violentos, como passíveis de serem cumpridas em liberdade, desde que o réu não tenha antecedentes criminais, o que é o caso de Ancelotti.

A condenação em questão se refere à omissão de pagamento de impostos sobre rendimentos de direitos de imagem provenientes da sua primeira passagem pelo Real Madrid, entre 2014 e 2015. O montante sonegado é estimado em cerca de um milhão de euros, o que na época se aproximava de R$ 6,2 milhões. Durante o desenrolar do processo, a acusação alegou que o treinador havia utilizado um complexo sistema de empresas de fachada para ocultar esses ganhos adicionais. Apesar das acusações, Ancelotti defendeu-se informando que não tinha intenção de atuar de forma fraudulenta.

Ademais, a pena imposta não se limita a uma simples multa de 387 mil euros, equivalente a aproximadamente R$ 2,47 milhões. O técnico também enfrentará restrições, como a impossibilidade de receber subsídios ou auxílios públicos por um período de três anos.

Um aspecto crucial desta situação é a possibilidade de extradição. Embora a pena estipulada seja de um ano, que em teoria poderia resultar em extradição para a Espanha, a sua aplicação depende de decisões judiciais que podem ser contestadas. Um acordo existente entre os sistemas judiciais brasileiro e espanhol permite essa extradição, mas o desfecho final deve ser decidido pelo Supremo Tribunal Federal (STF) brasileiro, abrindo espaço para possíveis apelações.

Com a carreira de um dos técnicos mais respeitados do futebol mundial agora ofuscada por essa acusação, a análise do caso seguirá atenta à evolução dos fatos e às repercussões dessa condenação na trajetória de Ancelotti à frente da Seleção Brasileira. A situação revela não apenas desafios legais, mas também a fragilidade que figuras públicas enfrentam quando envolvidas em questões financeiras. O desenrolar dos próximos meses promete trazer mais novidades sobre o futuro do técnico e seu impacto na seleção.

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