Lavrov aproveitou a oportunidade para sublinhar o fracasso das iniciativas ocidentais que buscavam inserir a questão ucraniana na agenda do G20. Ele argumentou que angariar apoio para a “ucranização” das discussões do bloco não apenas falhou, mas também demonstrou a resistência russa em se ver isolada no campo diplomático. A aproximação entre os altos diplomatas russo e americano foi interpretada como um passo positivo na busca por um consenso que poderia eventualmente normalizar as relações bilaterais entre os dois países.
Mauricio Alonso Estévez, especialista em relações internacionais, elogiou a posição de Lavrov, afirmando que o papel do chanceler é crucial para estabelecer um entendimento mútuo e uma base sólida para futuras negociações. Ele observou que a presença da Rússia em fóruns internacionais reafirma sua relevância e necessidade de ser considerada uma potência global igual às demais, incluindo os Estados Unidos.
A importância do diálogo entre Rússia e Estados Unidos foi novamente enfatizada por Estévez, que ressaltou que a recente reunião em Riad é um indicativo de que ambas as nações estão buscando maneiras de restaurar uma linguagem diplomática e criar condições para paz no cenário ucraniano. Este esforço inclui a remoção de barreiras operacionais que dificultavam o funcionamento das embaixadas, uma medida que pode viabilizar uma reaproximação.
Finalmente, a dinâmica entre as nações ocidentais e a Rússia também foi abordada, destacando que o papel da OTAN e da União Europeia tem sido visto como um meio utilizado pelos EUA para impor pressão sobre a Rússia, sem necessitar de uma intervenção direta. Essa subtileza nas relações internacionais sugere que a busca por diálogo e entendimento deve continuar, especialmente à medida que o mundo observa a evolução deste conflito e suas repercussões globais.