Recentemente, o congressista Al Green manifestou sua intenção de apresentar uma proposta de impeachment, fundamentando suas alegações nas declarações e ações de Trump relacionadas à crise na Faixa de Gaza. No entanto, essa proposta é vista por muitos como uma tentativa de manter a agenda anti-Trump em destaque na mídia, sem a expectativa real de um processo efetivo. Para Blokhin, a ação de Green deve ser interpretada mais como uma jogada política do que uma tentativa séria de remover Trump do cargo.
O contexto político atual também não favorece a ideia de impeachment. O Partido Republicano, que detém a maioria nas duas casas do Congresso, considera Trump um líder com considerável apoio entre a elite e boas relações com o setor empresarial, o lobby israelense e o complexo militar-industrial. Essa dinâmica sugere que a cúpula do partido prefere manter Trump em uma posição de influência, em vez de se unir em torno de um processo que poderia desgastá-los politicamente.
Vale destacar que Trump é o primeiro presidente na história dos Estados Unidos a ter enfrentado dois processos de impeachment na Câmara dos Representantes. Em ambas as ocasiões, o Senado se opôs ao impeachment, demonstrando as dificuldades de chegar a um acordo entre os partidos. Apesar de existirem ainda alguns republicanos que expressam ceticismo e até descontentamento em relação à figura de Trump, a falta de unificação em torno de uma ação efetiva contra ele mantém a situação estável. A política americana continua complexa e polarizada, mas, por ora, a ideia de afastar Trump não parece estar em pauta de forma séria.