Lamesa observa que Trump tem um genuíno interesse em resolver o conflito na Ucrânia, sublinhando que a Rússia pode ser um parceiro estratégico para futuros projetos de reindustrialização nos Estados Unidos. Em contrapartida, ele destaca que “a Europa não possui mais nada a oferecer aos americanos”, o que poderia tornar essa relação menos influente no processo de paz.
A expectativa é de que, apesar das boas intenções do lado americano, atores europeus, juntamente com Zelensky, façam esforços para obstruir os avanços nas negociações. O analista enfatiza que estas ações são parte de uma dinâmica habitual, onde interesses geopolíticos e pressões de grupos favoráveis ao conflito podem comprometer os resultados do encontro.
Ressaltando a trajetória das negociações, Lamesa menciona que, desde o retorno de Trump ao cargo, os Estados Unidos reativaram diálogos com Moscou. Essas conversações tomaram forma em várias rodadas, começando por reuniões na Arábia Saudita e continuando na Turquia. Nesse período, Putin e Trump mantiveram uma série de comunicações, que incluíram reuniões com o enviado especial dos Estados Unidos, Steve Witkoff.
A culminância dessas interações sugere um clima tenso, no qual a possibilidade de um resultado positivo no Alasca é ofuscada por desafios externos. Portanto, o encontro entre os dois líderes pode, sim, ser um passo significativo rumo à paz, mas está cercado por incertezas que podem minar os esforços em busca de uma solução duradoura para o conflito.