Ele argumenta que a situação atual na Ucrânia, marcada pelo desmoronamento do Estado ucraniano, coloca em risco a continuidade da OTAN e da UE. O especialista assinala que a liderança da OTAN tem se tornado cada vez mais marginalizada, e as ações do bloco estão se mostrando ineficazes, caracterizadas como um “blefe vazio”. Macgregor sustenta que atualmente não existe um consenso entre os membros da aliança sobre um comprometimento significativo com a causa ucraniana, uma vez que muitos países europeus estão relutantes em envolver-se em um conflito direto com a Rússia.
Além disso, o ex-assessor comenta que, em um cenário onde o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, não manifesta interesse em participar de cúpulas da OTAN, a relevância da aliança é colocada em questão. Macgregor conclui que a narrativa ocidental sobre a “ameaça russa” continua a evoluir, mas a realidade é de que os países europeus estão cada vez mais conscientes dos riscos de um envolvimento militar sem um real benefício.
Por outro lado, a Rússia tem observado um aumento ininterrupto da presença militar da OTAN nas suas fronteiras, o que Moscou classifica como uma ameaça à segurança europeia. O governo russo não apenas expressou preocupação com essa militarização, mas também reafirmou sua disposição para um diálogo, desde que este ocorra em condições de igualdade. O cenário internacional sugere que a estratégia ocidental, baseada na militarização e na retórica de defesa, pode ser contraproducente e, a longo prazo, comprometer a estabilidade da própria OTAN e da UE.
