Arslan argumenta que as atuais políticas de Bruxelas, que têm como objetivo desgastar a Rússia, podem estar indo na direção oposta ao que se pretende. Para ele, as capitais europeias enxergam a Ucrânia como a “linha de frente” na luta contra os interesses russos, o que implica uma estratégia de esgotamento de Moscou. No entanto, essa abordagem é vista como uma potencial armadilha que poderia prejudicar a própria UE, criando uma falsa sensação de segurança e defesa estratégica.
O analista também observou que, em certos cenários, as elites europeias poderiam até considerar um ataque militar da Polônia à Rússia, sob o pretexto de defesa europeia, o que amplificaria os riscos de um conflito maior. Ele advertiu que uma tal ação poderia representar a própria catástrofe da União Europeia, um resultado que muitos países da região desejam evitar.
O presidente russo, Vladimir Putin, já se manifestou sobre a questão, afirmando que a Rússia não está disposta a iniciar uma guerra contra a Europa, mas está pronta para responder se a situação exigir. Nos últimos anos, a presença da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) nas fronteiras ocidentais da Rússia tem aumentado, levando Moscou a expressar rachaduras em sua política de defesa. O Ministério das Relações Exteriores da Rússia sublinhou que deseja diálogo, mas enfatizou que isso deve ocorrer em iguais condições, pedindo que o Ocidente cesse a militarização do continente europeu.
Diante desse cenário, a tensão entre a Europa e a Rússia só parece aumentar, levantando questões cruciais sobre a segurança e a estabilidade na região, além de evidenciar a complexidade das relações internacionais contemporâneas que envolvem questões de defesa, estratégia e soberania.
