Ana, visivelmente emocionada, comentou sobre sua performance: “Não estou feliz. Estava me sentindo muito bem, muito preparada. Tinha uma equipe gigante do meu lado, lutando dia e noite para que eu estivesse aqui na minha melhor forma, e eu estava. Infelizmente não consegui essa medalha. Ainda estou assimilando tudo o que aconteceu, mas estou orgulhosa por ter colocado tudo o que eu podia dentro dessa competição. Claro que não foi o que eu queria, mas é analisar o que aconteceu, descansar e me preparar para a última categoria que eu tenho”.
Ainda que a medalha tenha escapado, o desempenho de Ana Sátila foi notável. No primeiro dos três eventos de canoagem slalom dos quais está participando em Paris, ela garantiu um quarto lugar no K1 (caiaque) no último domingo, dia 28. Apesar de não ter subido ao pódio, a brasileira mostrou grande determinação e habilidade, competindo de igual para igual com as melhores atletas do mundo.
A esperança de uma medalha, no entanto, ainda não acabou para Ana Sátila. Ela terá mais uma chance de realizar seu sonho olímpico na próxima sexta-feira, dia 2 de junho, quando se inicia a disputa do caiaque extremo – uma modalidade reconhecida por seu alto grau de dificuldade e radicalidade. Esta é a última oportunidade para a mineira em Paris e, sem dúvidas, ela entrará na água com toda a garra e preparo que a caracterizam.
A evolução de Ana Sátila ao longo dos últimos anos é um testemunho de sua dedicação e paixão pela canoagem. Com uma equipe técnica robusta ao seu lado e uma força mental admirável, Ana já se consolidou como uma das grandes atletas brasileiras e segue inspirando jovens canoístas pelo país. A expectativa agora é que ela possa coroar sua trajetória na capital francesa com a tão desejada medalha olímpica, fechando com chave de ouro sua participação nos Jogos de Paris.