Melhorando o seu tempo da semifinal, onde marcou 102,23 segundos, Ana Sátila completou o percurso em 100,69 segundos na final, sem penalizações. No entanto, o tempo foi insuficiente para garantir uma medalha, já que Kimberley Woods conseguiu a marca de 98,94 segundos, também sem penalizações.
O ouro foi conquistado pela australiana Jessica Fox, que, mesmo tendo sido apenas a oitava colocada nas semifinais, mostrou porque é a líder do ranking mundial. Fox realizou uma descida quase perfeita na final, sem cometer erros, e registrou o tempo de 96,08 segundos. Este desempenho garantiu a ela sua primeira medalha de ouro olímpica no caiaque, somando-se às quatro medalhas que já possuía (uma prata e dois bronzes no caiaque, além de um ouro na canoa). A prata ficou com a polonesa Klaudia Zwolinska, que registrou 97,53 segundos e foi a penúltima competidora a descer o percurso, tirando Ana Sátila do pódio na reta final da disputa.
Ana Sátila, que representa o Botafogo, havia alcançado sua melhor colocação olímpica anteriormente em Tóquio 2021, quando ficou na décima posição no C1. Em Paris, a atleta ainda irá competir na prova de C1 na quarta-feira, e carrega consigo a esperança de cumprir a “profecia” de sua mãe, Márcia, que acredita que a medalha está a caminho. “Desta vez a medalha com certeza vem. É a hora de ela colher os frutos que vem batalhando por 17 anos”, afirmou Márcia após a classificação de Ana para a final deste domingo.
A excelência de Ana Sátila, mesmo sem a conquista de uma medalha, representa um marco significativo para o Brasil na canoagem slalom e coloca a atleta como uma das principais esperanças do país para futuras competições.