Nesta quarta-feira (23), o Departamento de Transportes dos Estados Unidos anunciou uma multa de US$ 50 milhões aplicada à American Airlines devido ao tratamento inadequado dado aos passageiros com deficiência. A penalidade recorde é resultado de diversas acusações, incluindo a falta de assistência apropriada aos passageiros e o manuseio incorreto de cadeiras de rodas.
Segundo o departamento, essa multa é 25 vezes maior do que uma penalidade anterior imposta a outra companhia aérea por violações dos direitos de deficientes, estabelecendo assim um novo padrão para futuras aplicações. O Secretário de Transportes, Pete Buttigieg, afirmou que a “era de tolerância ao tratamento inadequado de passageiros com deficiência nas companhias aéreas acabou”.
O acordo estabelecido prevê que a American Airlines pague US$ 25 milhões ao longo de três anos e invista outros US$ 25 milhões na solução de problemas e compensação de passageiros afetados. O Departamento de Transportes identificou casos de assistência física insegura que resultaram em ferimentos, tratamento inadequado e falhas na provisão de ajuda imediata a cadeirantes.
Além disso, a companhia aérea não tratou corretamente milhares de cadeiras de rodas, danificando-as ou atrasando sua devolução, o que a coloca entre as piores empresas aéreas dos EUA nesse quesito, segundo o departamento. Atualmente, o departamento está realizando investigações sobre violações similares em outras companhias aéreas norte-americanas.
Apesar de não admitir responsabilidade no acordo estabelecido, a American Airlines declarou que está investindo mais de US$ 175 milhões em serviços, infraestrutura, treinamento e novas tecnologias para apoiar os passageiros com dispositivos de mobilidade. A empresa também destacou a melhoria de sua taxa de manuseio de cadeiras de rodas em mais de 20% desde 2022 e o recebimento de 7,9 milhões de solicitações antecipadas de assistência para cadeirantes no ano passado.
