AMEAÇADO DE EXTINÇÃO! – Macaco-prego-galego ameaçado de extinção é resgatado em Alagoas após denúncia de maus-tratos e será levado a centro de triagem.

Resgatar e proteger espécies ameaçadas de extinção é um desafio constante em diversas regiões do Brasil. Nesta terça-feira, em uma operação realizada pela equipe Fauna da Fiscalização Preventiva Integrada da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco (FPI do Rio São Francisco), um macaco-prego-galego (Sapajus flavius) foi resgatado em São José da Tapera, no interior de Alagoas. Essa espécie, típica do bioma Caatinga e atualmente em risco de extinção, foi encontrada em condições deploráveis, acorrentada pelo pescoço, exposta ao sol e sem acesso a alimento ou água adequada.

A operação ocorreu após uma denúncia anônima que relatou a situação de maus-tratos ao macaco e também a presença de uma Jandaia-verdadeira, ave pertencente à família dos Psitacídeos, mantida em cativeiro de forma ilegal no mesmo local. Ambos os animais foram prontamente resgatados e encaminhados ao Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas), em Maceió, onde passarão por avaliação e tratamento por uma equipe de especialistas.

O responsável por manter os animais nessas condições irá responder a um Termo Circunstanciado de Ocorrência, registrado pelo Batalhão de Polícia Ambiental (BPA). O Instituto do Meio Ambiente de Alagoas (IMA), que lidera a equipe Fauna da FPI, emitiu dois autos de infração e um termo de apreensão, concedendo ao infrator um prazo para defesa. A gravidade da situação é intensificada pelo fato de o macaco-prego-galego ser uma espécie ameaçada e submetida a maus-tratos.

Rafael Cordeiro, coordenador da equipe Fauna da FPI, destacou a importância do manejo adequado dessas espécies, que possuem hábitos gregários e exigem cuidados específicos, sobretudo para evitar sua extinção. Durante a operação de resgate, ficou evidente o desconhecimento sobre a alimentação correta do primata, já que este estava sendo alimentado de forma inadequada com macarrão e leite.

A operação contou com a colaboração de diversas instituições, como o Instituto SOS Caatinga, o Instituto para Preservação da Mata Atlântica (IPMA), a Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público de Alagoas (MPAL), que seguem empenhadas na proteção da biodiversidade e no combate à exploração ilegal da fauna local. Essa ação destaca a importância da denúncia e da colaboração entre diferentes órgãos na luta contra crimes ambientais.

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