O prefeito de Maceió, João Henrique Caldas (PL), ampliou as movimentações políticas e tem informado a aliados que não pretende abrir mão da vaga hoje ocupada por sua mãe, a senadora Eudócia Caldas — cadeira herdada após a saída do então vice-prefeito Rodrigo Cunha. A estratégia, segundo interlocutores próximos, é manter o posto dentro do grupo familiar, agora com a primeira-dama, Marina Candia.
Convencido da viabilidade eleitoral da esposa, JHC acredita que Marina reúne condições reais de ser eleita senadora em 2026. Com isso, a família preservaria a presença no Senado, enquanto o prefeito se arriscaria em um novo passo político: a disputa pelo Governo de Alagoas.
A aposta, segundo aliados, é calculada. Caso enfrente Renan Filho na corrida pelo Palácio República dos Palmares, JHC vê dois cenários possíveis: vencer e assumir o comando do Estado ou perder, mas manter força política caso Marina conquiste o Senado. Em ambos os casos, avalia, seu grupo continuaria ocupando espaço de destaque.
“O prefeito avalia fazer dobradinha com Marina: ele para o governo e ela para o Senado. E quem sabe não poderá ter outro nome forte para o Senado, a exemplo de Alfredo Gaspar? Arthur Lira e Renan Calheiros que botem suas barbas de molho”, disse um influente interlocutor ouvido pela reportagem.
Nas últimas semanas, os ensaios políticos em torno do nome de Marina Candia ganharam força, alimentando especulações nos bastidores de que a primeira-dama será, de fato, lançada para disputar a vaga no Senado, compondo uma chapa majoritária com o próprio JHC.
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