No vídeo, é possível observar Marco Aurélio batendo no retrovisor da viatura e em seguida, fugindo dos soldados Guilherme Augusto e Bruno Carvalho do Prado, que o perseguiram até o hotel onde o estudante estava hospedado. Segundo relatos dos policiais, o jovem estava agressivo, resistiu à abordagem policial e teria tentado subtrair a arma de fogo de um dos agentes, o que teria culminado no disparo que tirou a sua vida.
No entanto, as imagens das câmeras de segurança do hotel divergem da versão apresentada pelos policiais. O vídeo mostra que o disparo foi efetuado pelo PM Augusto após o soldado Prado dar um chute no estudante, cair para trás e desequilibrado. Em nenhum momento é possível ver Marco Aurélio tentando pegar a arma do policial, como havia sido relatado.
O governador Tarcísio de Freitas manifestou pesar pela morte do estudante e se comprometeu a não tolerar abusos, prometendo punições severas aos policiais envolvidos. O caso gerou grande comoção e o pai de Marco Aurélio, Júlio César, lamentou a versão apresentada pelos agentes. O jovem de 22 anos, estudante de medicina na faculdade Anhembi Morumbi, foi sepultado no cemitério Gethsemani, na zona oeste de São Paulo.
Em um emocionante depoimento à imprensa, Júlio Cardena desabafou sobre a perda do filho e a dor da injustiça. Ele defendeu a imagem de Marco Aurélio e expressou a dor e revolta diante da tragédia. O caso continua sob investigação e levanta questionamentos importantes sobre a conduta policial e a segurança pública. A sociedade clama por justiça e respostas concretas diante dessa lamentável ocorrência.