O trabalho, orientado pelo professor Kleython Monteiro, do Instituto de Geografia e Meio Ambiente (Igdema), teve como objetivo investigar como rios que fluem sobre rochas expostas funcionam quando são submetidos a controles climáticos e tectônicos. A pesquisa se concentrou no estudo do Rio São Francisco e seus afluentes do baixo curso.
Segundo Genisson, durante o estudo foram encontrados indícios de que algumas cachoeiras se moveram ao longo dos últimos 20 milhões de anos, o que foi o principal processo formador da paisagem atual. Além disso, é possível que variações do nível do mar combinadas a eventos de soerguimento tenham contribuído para a migração dessas cachoeiras.
O trabalho analisou a topografia fluvial de rios rochosos que drenam a Depressão Sertaneja Meridional. Para isso, foram utilizadas técnicas como morfometria, geoprocessamento e sensoriamento remoto. As informações obtidas por meio dessas análises técnicas foram confrontadas com observações de campo.
A pesquisa de Genisson sugere que mudanças na rede hidrográfica do São Francisco ocorreram no período Eoceno, entre 55 a 35 milhões de anos, e que a onda de incisão observada atualmente nos vales teria sido formada após esse período.
O trabalho completo está disponível no repositório da Ufal e parte do estudo foi publicado na Revista Brasileira de Geomorfologia, uma revista de renome na área. Segundo o orientador de Genisson, professor Kleython Monteiro, o aluno sempre se mostrou dedicado ao aprendizado e contribuiu amplamente com o aprofundamento das temáticas voltadas à Geomorfologia Fluvial e Geometria Hidráulica de drenagens em Alagoas.
Durante o mestrado, Genisson contou com o apoio do Programa de Pós-graduação em Geografia da Ufal, tanto para desenvolver as atividades planejadas como para participar de intercâmbios com outros programas. Ele conseguiu bolsa da Capes para auxiliar financeiramente durante a pós-graduação, o que foi fundamental para sua dedicação exclusiva à pesquisa.
Genisson destaca o orgulho que possui em ter concluído sua graduação e mestrado em Geografia pela Ufal e ressalta que a produção do programa é reconhecida e referenciada. Ele atualmente está desenvolvendo seu doutorado na Universidade Federal de Pernambuco e acredita que as contribuições recentes de seu trabalho serão fundamentais para pesquisas futuras na área.
Essa premiação do trabalho de Genisson no Simpósio Nacional de Geomorfologia comprova a excelência acadêmica do Programa de Pós-graduação em Geografia da Ufal e reforça a importância de pesquisas nessa área para a compreensão e preservação dos recursos naturais.
